Quem Somos
Somos uma organização que reivindica no nosso programa as tradições do Marxismo Revolucionário, baseadas na luta internacional dos trabalhadores, construídos pela Liga Comunista e o Manifesto Comunista, reivindicamos os programas e as resoluções estratégicas das Internacionais: a Primeira Internacional, a Segunda Internacional (até a sua degeneração em 1914 ao votar os créditos da guerra), a Terceira Internacional no primeiro, segundo, terceiro, e quarto Congressos, assim como, a Quarta Internacional e seu Programa de Transição. Somos parte orgânica do movimento trotskista, anticapitalista, antirracista, anti-LGBTfóbica, ecossocialista e internacionalista.
A TLS, corrente sindical Trabalhadoras e Trabalhadores na Luta Socialista, traz consigo bandeiras históricas da luta da classe operária, recuperando os princípios de concepção do classismo, da democracia operária, da organização de base e de local de trabalho; da aliança com os setores do campo do trabalho que estão cada vez mais excluídos do debate sobre seus direitos e segurança, como os entregadores de aplicativos. Estabelece aliança com os movimentos antirracistas, com a luta nas periferias contra a necropolítica que extermina diariamente, através da ação das forças de segurança institucionais, jovens pobres, negros e negras em sua maioria. Alia-se ainda na defesa intransigente dos trabalhadores e trabalhadoras da Saúde Pública (SUS), na luta pela vida de todos e todas.
Estamos localizados em várias categorias e setores da classe trabalhadora: nos grandes sindicatos da educação básica como a APEOESP, o SEPE/RJ, a APP-Sindicato/PR, o CPERS, o SINTEP/PA, o Sind-Ute/MG e o SINTE-SC; nos Vigilantes Antifascistas do RN; na Oposição Bancária; no ANDES; na FASUBRA; nos Metroviários de SP e RS; no SINDISAÚDE/RS; no SIMPA; na Oposição do SINDPREVS/SC, entre outros. Somos parte orgânica da IV Internacional. Somos trabalhadoras e trabalhadores da cidade e do campo, professoras, professores, funcionárias, funcionários de escolas e universidades, bancárias, bancários, metroviárias, metroviários, servidores públicos das três esferas, metalúrgicos, vigilantes, policiais antifascistas, operários e camponeses.
Nossa Concepção Sindical
Atuar na construção de um setor combativo no sindicalismo é o nosso objetivo central. Agindo na diversidade da classe trabalhadora: classista, internacionalista, anticapitalista, feminista, antirracista e anti-LGBTfóbico. A partir do acúmulo das lutas é necessário discutirmos princípios para ruptura com a estrutura sindical vigente.
Classismo
O movimento sindical é instrumento de luta de cada categoria de trabalhadores que é parte de uma totalidade que é a classe trabalhadora. Os objetivos da luta sindical, não podem se resumir à luta corporativa da categoria, voltando-se apenas à negociação do valor da venda de sua força de trabalho. Na perspectiva classista, o movimento sindical é um instrumento de organização da classe trabalhadora para a luta pelo poder e construção de uma nova sociedade. Sendo a classe trabalhadora, assim como a burguesia, uma classe internacional, o classismo significa também necessariamente uma posição internacionalista.
Democracia e Participação
Diante da burocratização do movimento sindical é fundamental afirmar a necessidade de garantir que os setores mais jovens e dinâmicos da classe, que vêm se expressando com mais força desde as jornadas de junho de 2013, assumam o controle e colocar as organizações sindicais a serviço das lutas e enfrentamentos que emergem, aliados aos mais experientes. A democracia e a ampla participação no movimento sindical é componente indispensável para um sindicalismo classista porque faz as bases da classe e suas inquietações ultrapassarem a rotina desmobilizadora da burocracia sindical.
Combatividade
Longe do sindicalismo de gabinetes e de conciliação, construído pelo alto e à base de conchavos com os governos, é fundamental a construção de um sindicalismo de combate, que aposte na força da organização e mobilização da classe como elemento decisivo da construção da resistência e do avanço nas conquistas. Neutralizar a força coletiva da classe trabalhadora é uma meta estratégica permanente dos de cima, porque só assim os que são poucos podem se impor a nós que somos muitos. Sendo muitos podemos vencer, mas apenas na condição de estarmos organizados e mobilizados coletivamente, dispostos a lutar por nossas reivindicações e interesses históricos.
Diversidade
A classe trabalhadora não é uniforme, mas diversa. Somos distintos em gênero, raça, orientação sexual, origem regional e nacional essa diversidade, longe de ser uma fragilidade representa uma força desde que o movimento sindical seja capaz de absorvê-la e expressá-la de modo adequado. A reprodução dos preconceitos conservadores no interior do movimento sindical divide e enfraquece a capacidade de luta. A luta contra essas formas conservadoras de opressão precisa ser incorporada com a devida importância pelo movimento sindical para que seja capaz de expressar as lutas que atravessam o conjunto da classe.
Anticapitalismo
Não há um presente ou qualquer futuro com dignidade para a classe trabalhadora sob o domínio da classe capitalista e seus interesses. Cada vez mais, nesse contexto de crise global e sistêmica do capitalismo, a burguesia precisa empurrar os trabalhadores cada vez mais para trás, de modo a tomar direitos conquistados com muita luta e sacrifício ao longo da história. Mesmo direitos e garantias elementares da classe são atacados pela burguesia e seus governos com intransigência e fanatismo. Um sindicalismo classista consequente precisa ser capaz de apontar uma saída totalizante e global para a humanidade, a partir do ponto de vista dos interesses históricos dos trabalhadores: essa saída passa necessariamente pelo enfrentamento e derrota do capitalismo enquanto sistema econômico e social. A defesa de um horizonte estratégico anticapitalista é que pode articular entre si todos os elementos anteriores.